Victoria Guimarães é uma carioca fantástica que eu tive a oportunidade e o privilégio de conhecer.
Escritora talentosa e publicitária nas horas vagas, ela lança seu primeiro romance, De Malas Prontas, que vai contar a história de três amigas que vão viajar ao descobrirem que o hotel em que passaram as férias durante suas vidas inteiras vai fechar.
Separei algumas perguntas para a Vic e, apesar de ter dado muito errado a primeira tentativa (era para ser em vídeo), ela concordou em participar dessa primeira entrevista para o site 😉
Estaremos falando agora, com a Vic leitora:
~Qual o último livro que você leu?
Magnus Chase e a Espada do Versão, do Rick Riordan.
~Você o recomenda a outras pessoas?
Sim! Achei a leitura muito gostosa e o personagem principal super carismático. Fora que o Rick sempre tem pequenos truques pra deixar a gente mais engajada na leitura, como sempre terminar os capítulos de uma forma bombástica que você precisa começar a ler o outro porque ficou curiosa. Gosto de pensar que tento fazer um pouquinho disso que aprendi com ele quando escrevo.
~Com que frequência você lê?
Tento ler todos os dias, mas nem sempre consigo. Costumo ler mais na parte da manhã, mas às vezes consigo ler na hora do almoço também. O fato do livro estar envolvente ou não acaba influenciando bastante também, o quanto eu leio e se paro para ler mais de uma vez por dia.
~Qual foi o último livro ruim que você leu? O que fez com que você não gostasse dele!
Tintos e Tantos, não lembro o nome da autora. Mas sabe aquele livro em que absolutamente nada acontece? Pois é. Me prometeram uma história no estilo Sex and the City e eu recebi uma personagem principal enfadonha e que nada fazia.
~Tem algum livro que influenciou a sua vida?
Muitos! A saga da Mediadora, da Meg Cabot, Garota Americana dela também. A saga Percy Jackson. Melancia da Marian Keyes. Laços de Família, da Clarice Lispector. Foram livros que eu devorei e que tiveram impacto na forma que eu escrevo até hoje.
~Qual livro você gostaria de que tivesse uma sequência?
Eu gostaria de ler mais alguns capítulos de Sem Julgamentos, da Meg Cabot e também queria muito uma cena extra de The Hating Game, esse último achei que ia ficar perfeito se a autora tivesse desenvolvido mais um pouquinho.
~Qual livro você gostaria que não tivesse uma adaptação?
Eu gostaria que a adaptação pro cinema de Cidade dos Ossos tivesse sido mais bem-sucedida! Porque amei a Lily Collins no papel de Clare e queria poder vê-la em mais filmes da saga. Uma pena não ter rolado.
~Você gosta quando os livros são adaptados?
Eu gosto de adaptações! Mesmo quando ficam muito diferentes do livro original, acho bacana conhecer esses outros pontos de vista sobre a história.
E agora, com a Vic escritora 😉
~Há quanto tempo você escreve?
Eu tive hiatos. Aos oito achava que poderia escrever um livro. Não consegui, RS. Mas aos 10, 11 anos comecei a ser muito desestimulada na escola a escrever. Não lembro exatamente o que aconteceu, se foram feedbacks mal dados, concursos literários em que sempre as mesmas pessoas (que escreviam com a ajuda dos pais) ganhavam, mas até os 16 anos não escrevi mais uma linha. Foi aí que voltei a escrever como uma forma de terapia mesmo, escrevia pequenas crônicas em que eu tentava processar algo que estivesse acontecendo comigo. Mas não mostrava para ninguém. Só aos 21 que passei a publicar essas crônicas, não todas, as menos pessoais, no Medium.
Mas ficção mesmo eu só escrevi mais depois da pandemia. E aqui estou, aos 25 tentando entender meu lugar na escrita – e na vida também.
~Quando começa a escrever, você já tem toda a história esquematizada ou vai deixando as coisas fluírem conforme você vai escrevendo?
Agora eu tento fechar a história antes de começar a pôr a mão na massa. Mas antes era bem diferente. Eu deixava a história me levar pra onde ela quisesse. O que era maravilhoso, até o primeiro bloqueio criativo, rs. Esse esquema de escrever intuitivamente funciona melhor para histórias menores, como contos. Mas uma vez que você passa das dez mil palavras, fatalmente você precisará de algum tipo de planejamento.
~Qual seu gênero preferido de escrever?
Contemporâneo, comédias românticas. Gosto de escrever tanto quando o romance romântico em si não é o foco principal da história, como quando ele é. Gosto de escrever histórias que façam com que as pessoas terminem de ler se sentindo mais leves. De pesado já basta viver no Brasil em 2022.
~Qual seu gênero preferido de ler?
Comédias românticas e fantasia urbana. Acho mágico esse caminho do meio em que as criaturas mágicas são obrigadas a viver com os seres humanos. É algo que me fascina.
~O que costuma ouvir quando está escrevendo?
Nada ou músicas instrumentais. Músicas com letras invariavelmente me distraem e acabam me dando vontade de cantar junto. Às vezes, deixo um vídeo de ASMR tocando no fundo também, mas tenho que ter cuidado senão fico com sono, rs.
~Qual a parte mais fácil da escrita?
O fogo de palha do início da história, quando tudo é novidade e você vai descobrindo um pouquinho mais da história à medida que vai escrevendo.
~E a mais difícil?
Quando o fogo passa e você precisa conectar o início com o fim. A parte do meio da história sempre foi uma das minhas dificuldades, porque exige persistência e foco para ligar os pontos sem desviar do caminho.
~Seu personagem favorito, aquele que você mais amou escrever
A Mariana, do meu conto de Natal “Um Elfo e um Milagre de Natal” e a Erika e a Brena do “De Malas Prontas”.
A primeira porque ela é uma mulher forte e independente, completamente diferente de tudo que eu já tinha escrito até então e as segundas porque carregam muito de mim e da forma com que eu vejo as coisas.
~Você tem algum Pet peeve? (Vícios de escrita)
Eu escrevo muito a palavra “apenas” nos meus textos, foi uma mania que encontrei recentemente, não fazia ideia! E também uso bastante advérbio, essa eu descobri só quando coloquei meu texto para a revisão.
~Quais seus hábitos de escrita?
Para que eu consiga escrever de verdade eu preciso me sentir confortável, seja fisicamente seja mental e emocionalmente. Tem dias que eu estou me sentindo totalmente esgotada e sei que não vai render e tem dias que mesmo tendo sido mais agitados eu consigo ter uma cabeça melhor para sentar e produzir. Gosto muito de criar um ambiente aconchegante, então costumo diminuir as luzes, vez ou outra acendo uma vela e me isolo do mundo.
~Por fim: elogie sua escrita
Gosto de pensar que sou boa em capturar aqueles momentos em que os personagens estão mais contemplativos. Aquela vibe meio olhando pro horizonte, pensando em tudo e pensando em nada ao mesmo tempo, sabe? São pequenas sutilezas no cenário, nas emoções e nos gestos dos personagens que pedem que a gente tenha um olhar mais poético. Ao longo dos anos, acho que acabei desenvolvendo um pouco isso.
Eu agradeço imensamente pela participação dela, da minha irmã gêmea de outra vida. Obrigada, meu amor ❤
E se vocês gostam de viajar, aconselho muito a leitura do romance dela: De Malas Prontas. Tenho certeza que vocês vão amar a Erika, a Brena, a Samantha e o Estevan.
Esse é o booktrailer do livro, só pra vocês poderem sentir a vibe maravilhosa dele 😉
A Vic também tem um podcast chamado “As Apocalípticas”, e eu tenho certeza que vocês vão amar!
O Medium dela, com textos autorais lindos: clique aqui
Espero que vocês tenham gostado desse bate papo! Minha intenção é trazer um quatro desses por mês 😉
Boa viagem e até a próxima 😉