Curiosidades

Trago para vocês algumas curiosidades sobre Amor ao Redor do Mundo!

Meu histórico de pesquisa ao escrever o livro:

Longe de ser um histórico muito surpreendente, achei legal dividir com vocês umas das perguntas mais específicas que eu pesquisei no Pai-Google quando estava escrevendo o livro.

  • Como funciona o divórcio da Irlanda? – esse é um processo muito mais complicado do que aqui no Brasil. Você e o seu cônjuge devem ser irlandeses ou estar morando na Irlanda há pelo menos 5 anos. Além disso, vocês devem estar vivendo separados (e isso quer dizer em casas separadas) há pelo menos dois anos 🥵
  • Quais as maiores baladas em Ibiza? – as duas baladas mais famosas/lotadas/importantes de Ibiza são a Amnesia (que nome mais propício, não?) e a Pacha. São locais onde os mais famosos DJs tocam e lotam (ou lotavam, né? 😢) de forma absurda
  • Em qual arrondisement de Paris está concentrada a maior quantidade de padarias? – antes de tudo: arrondissement é uma denominação para uma espécie de distrito em Paris. Semelhantes aos boroughs de NYC, eles são maiores que um bairro, mas menores que uma cidade, então fica difícil arrumar uma denominação brasileira para eles. Paris é dividida em 16 arrondissements, como um caracol. O arrondissement que tem padarias é o 13º
  • Maio ainda é inverno na Europa? – não. Oficialmente, eles já entraram na primavera, mas no Leste Europeu, as temperaturas mais quentes não passam de 12ºC
  • Festival Casamenteiro na Irlanda – em um povoado no sul da Irlanda com 800 habitantes chamado Lisdoonvarna, ocorre anualmente, em setembro, (ou ocorria) o Matchmaker Festival, um festival casamenteiro que reúne pessoas da Europa toda (quiçá do mundo todo) para se casarem. É quase uma Las Vegas, só que em um evento regado de cerveja que dura apenas uma semana

Processo criativo:

1 – O título foi a primeira coisa que eu escrevi do livro, antes mesmo de desenvolver a ideia. E não, eu não mudei de ideia uma única vez (inclusive era a única coisa que eu tinha certeza nessa história toda)

2 – A ideia veio quando eu tinha 12 anos e queria que fosse a história de dois melhores amigos que se casam para esconder o fato de que ele era gay da família dele, mas acabam se apaixonando. Eu percebi que essa história era meio problemática e mudei para o que é hoje: dois melhores amigos que viajam para a Europa e se apaixonam

3 – Os nomes originais de Diego e Camila eram Jake e Cleare, respectivamente

4 – Quando fui idealizar a capa com meu namorado (que é designer), eu estava com muito medo de pegar uma foto que eu gostasse e não fosse royaltiefree. Então o Victor sugeriu que fôssemos nós dois na capa (pelo menos assim eu não teria que pagar direitos autorais para ninguém). A foto do fundo é de banco de dados gratuitos.

5 – Os três últimos capítulos se passam na Irlanda. Eu escrevi eles antes do resto da história e ouvi “Galway Girl” do Ed Sheeran no repeat enquanto escrevia. Então, Carmine é total e completamente a imagem do Ed Sheeran enquanto eu tentei fazer de tudo para que Camila fosse a própria Galway Girl que Ed fala na música.

Processo de escrita:

O processo criativo é muito particular de cada um que desenvolve algum projeto, seja ele qual for.

Quando eu resolvi escrever AaRdM, eu não pensei que fosse ter tanto trabalho assim. Claro que todo livro envolve pesquisa e uma certa “investigação”. Mas se eu tivesse escrito uma história que se passasse em São Paulo sobre dois amigos que se apaixonaram na escola técnica (que foi o que aconteceu comigo e com o meu namorado), eu não precisaria pesquisar quase nada, concordam? Porque eu estaria escrevendo sobre algo que eu já sei como foi: seria só juntar todos os fatos com coerência e voilà! Temos um romance adolescente.

Mas eu quis que eles viajassem. Quis conhecer, através dos olhos de Diego e Camila, um dos lugares que eu sempre quis conhecer na vida (e um dia eu vou, eu tenho fé).
As pesquisas foram imprescindíveis para essa história. Conhecer cada país, cada ponto turístico, a história de cada ponto turístico, escolher alguns poucos países dentre todos os 50 que existem no Velho Continente foi uma tarefa muito árdua.

Para vocês terem uma ideia, eu tenho um guia completo de viagem para todos os países por onde eles passaram no livro – e mais dois de brinde: Copenhague e Grécia.

Uma coisa que influenciou muito na construção do meu livro foram as datas que não batiam com o clima que eu descrevia. Tinha cenas que eu descrevia com uma nevasca profunda e quando eu pesquisava, estava fazendo 20ºC. Ou então, eu tinha descrito um calor do cão e tava fazendo 12ºC. Isso influenciou muito também se vocês pensarem que o festival de Lisdoonvarna ocorre entre a primeira e a segunda semana de setembro.
Existe mais um problema de datas ai, mas isso vocês vão ter que descobrir lendo porque senão eu entrego o fim da história

Outro ponto que eu quase sempre esquecia: deslocamento entre países. Lá, eles podem ser feitos de ônibus, trem ou avião com diferentes preços, tempo e, principalmente: custo-benefício. Eu pensei nisso como eu pensaria se estivesse no lugar deles (como eu faria?).

Uma dica:

Um ponto mega importante para trazer pra vocês é a revisão, porque é uma das partes principais do processo de escrever um livro.

O seu livro/história/conto é a porta de entrada de uma pessoa comum, que nunca te viu na vida, no mundo que você acabou de criar. Você precisa cuidar para que ela volte a ler mais textos seus.

Eu sempre fui A louca da revisão gramatical (não suporto ver uma vírgula fora de lugar). Mas, a partir do momento em que você começa a escrever com uma frequência maior, alguns erros passam sem que você perceba e não é culpa sua.

AaRdM tem mais de 70 mil palavras. Imagina quanto sairia uma revisão?
Um escritor que trabalha com uma editora boa, como a Intrínseca ou a Galera ou a Cia das Letras, eles disponibilizam no mínimo 2 revisores.
Um escritor que, como eu, tá começando agora e ta completamente quebrado, não tem como bancar um revisor, imagina dois. A gente conta com pessoas de confiança que vão ler nosso texto em busca de erros de plot e de ortografia e, ainda assim, passa.
E ta tudo bem porque você fez o seu melhor naquele momento.

Porém, a revisão é fundamental. Eu terminei o primeiro rascunho do livro dia 18/11/20 e ele tinha 39k palavras e 13 capítulos.
Sem brincadeira, eu devo ter lido esse livro, no mínimo, umas 10x. E ainda assim, quando o físico chegou na minha mão, eu peguei uma vírgula ou duas fora do lugar.
Acontece.
Mas você não pode deixar frases sem clarezas. Você não pode escrever uma frase com “ah, mas ele/a vai entender o que eu quero dizer” na cabeça.
Não! Ele não vai entender! Ele vai ler e vai querer te perguntar “perae, o que você quis dizer com isso?” – isso se ele se der a esse trabalho.
Ou ele vai fechar o livro/o app e pensar “pelamor, não to entendendo nada”.

Uma pessoa falando bem, te traz mais um leitor.
Uma pessoa falando mal, te leva 10 embora.
Pense nisso com carinho e revise seu texto mais uma vez, é importante.

Sobre GabisNika | Gabriela Resende - Escritora

🦋 Te faço voar ao transformar suas ideias 🦋 Minhas dicas e projetos vão te ajudar a evoluir no mundo da escrita
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