Sabe quando bate aquele desespero de tarefa incompleta?
Aqueles momentos em que tudo o que você queria era jogar tudo pro alto porque não aguenta mais?
Acho que é a pior sensação do mundo.
Agora, por exemplo. Ontem eu fiquei das 15h as 18h e depois das 20h as 03:30h escrevendo três capítulos pro livro e revisando o capítulo seguinte para que o anterior fizesse sentido.
Dormi as 3:30, me acordaram as 7:30h e não me deixaram pregar o olho por um minuto no dia de hoje. Não que fosse culpa de alguém aqui de casa, eu tenho toda a liberdade do mundo de largar tudo o que eu estou fazendo e ir dormir (como por exemplo, era o que eu deveria estar fazendo agora).
Mas uma nuvem de cobrança que nunca na vida se fez presente, agora se apossa da minha cabeça 24/7.
Se eu não estou escrevendo e/ou revisando meu texto, eu me sinto culpada por não estar “levando meu sonho para frente, onde eu quero que ele chegue”.
No último capítulo do diário, eu postei sobre como era exaustivo ser uma escritora. Sobre como meu cérebro parece fritar. (Se você não viu e tem interesse de ver, é o post logo acima desse no menu “Diário” e chama “Vida de Escritora”).
Então eu uso o tempo que eu não estou escrevendo o livro para pesquisar sobre temas legais para postar aqui e no bookstagram. Tive várias ideias diferentes e já tenho três templates montados, só esperando a hora certa de postar (que vai ser daqui há várias semanas).
Só que essa pesquisa toda também cansa. Também me deixa exausta. E, o pior de tudo: anda me deixando tão cansada que eu não tenho vontade de ler meus livros. Ou de ver minhas séries atrasadas.
Cara, eu não consegui nem abrir o Disney+, só pra vcs terem noção do que eu to falando.
Não sei dizer se eu que me canso fácil ou se o caminho é realmente árduo assim mesmo.
Como eu postei há alguns dias atrás, tem dias que meu cérebro liga do 220 e eu produzo mil coisas, tenho ideias de mil coisas diferentes, de plots, de personagens, de posts… tudo vem a milhão e eu que tenho que acompanhar a velocidade que meu cérebro trabalha.
E tem dias como hoje, que eu me sinto um saco de batata usado, pisoteado e que ainda tem algumas batatas podres e amassadas presas no fundo.
Mas o de hoje tem motivos para isso (além do pouco sono obtido na noite passada). O primeiro, seria que todo o meu esforço de ontem não deu resultado, o que significa que os capítulos que eu escrevi estão uma bosta e que não dá pra usar no livro (o que não significa que eu apaguei, mas guardei porque, vai que uma hora eu preciso de algo parecido com aquilo?).
Desse problema acima, deriva-se o fato de que eu pretendia publicar o livro até dia 20/12 e eu duvido que isso vá acontecer porque tá difícil demais andar pra frente e eu juro que não estou sendo pessimista, só estou fazendo um desabafo sincero e desesperado.
O segundo motivo é que, a capa que eu fiquei dias fazendo não ficou boa. Inclusive, acho que a minha prima de 7 anos faz melhor que eu. Meu namorado tentou mudar, mas sei lá… não sei o que vai sair não.
Então, temos a seguinte equação:
Estar sem dormir + capítulos retirados porque não estavam bons + capa que também não estava boa = desespero nível hard.
Não sei o que fazer, me sinto inútil. Queria ter a criatividade que as meninas que eu sigo têm. Queria ter as habilidades completas que elas têm. As vezes, me pego querendo ser essa outra pessoa.
Não gosto de mim mesma, nunca gostei. Mas e aí? O que pode ser feito?
Nada. E é assim que as coisas funcionam: você se sente um lixo e dorme. No dia seguinte, você levanta e a vida segue, porque não pode ficar parado. Deixa as coisas fluírem e pede a qualquer ser no qual você acredite que te dê iluminação pra voltar a fazer o que você sonha.
É um ciclo e ele se repete, sempre da mesma forma: um dia você funciona, no outro não. E, apesar do clichê, tá tudo bem.
Só mentalize essa frase de “está tudo bem” e faça o que te dá prazer nesses dias de lixo. Não se force nunca, isso não vai te levar a lugar algum.